Existe uma espécie de variante da Tensão Pré-Menstrual (TPM) ou Síndrome pré-menstrual, menos conhecida pelas mulheres, que causa desconforto muito mais intenso, severo e persistente. Trata-se do Transtorno Disfórico Pré-Menstrual (TDPM), que atinge de 3% a 8% das mulheres no mundo inteiro.
Algumas mulheres no período pré-menstrual sofrem com sintomas mais incapacitantes, passando do nível fisiológico aceitável, deixando a mulher em estado de maior vulnerabilidade.
No entanto, para essas mulheres, como os sintomas sempre foram mais intensos, a crítica de que possivelmente sofra de uma versão mais agressiva da TPM é difícil de ser alcançada. Muitas vezes é necessário iniciar uma convivência mais próxima com outras mulheres para a partir da comparação poder perceber que o seu período pré-menstrual é diferente.
Agora, pode também ocorrer uma piora da TPM ao longo da vida, por diversos fatores de risco que gerem redução na produção da serotonina ou desregulação na produção dos hormônios femininos, intensificando os sintomas fisiológicos da TPM até um nível patológico da TDPM.
Neste caso, identificando e tratando esses fatores, a pessoa volta a ter o TPM normal dentro do ciclo menstrual.
A TPM ou a Síndrome pré-menstrual é um tema importante no universo feminino. O mal-estar nos dias antes da menstruação atinge mais de 70% das mulheres em idade reprodutiva.
Como sintomas da TPM incluem a irritabilidade, alterações de humor, desânimo, inchaços com retenção de líquido e dores na região do abdome e nas mamas. Além disso, a TPM pode também gerar sintomas do sistema nervoso central como dificuldades de concentração e dores de cabeça, podendo causar redução na qualidade de vida nesse período.
Esses sintomas apesar de causarem desconforto, costumam melhorar de forma natural.
Diferente da TPM, os sintomas da TDPM são mais persistentes, podendo afetar períodos mais longos do que uma simples TPM.
Além disso, os sintomas e prejuízo na qualidade de vida são muito mais significativos, podendo afetar não só na vida pessoal, mas também no âmbito social.
Infelizmente podem ocorrer diagnósticos errôneos como bipolaridade ou transtorno de instabilidade emocional ou transtorno explosivo intermitente, principalmente ou por não associar a periodicidade ou quando a mulher tem períodos não regulares de menstruação.
Os transtornos depressivos e ansiosos podem piorar a TPM, gerando sintomas semelhantes a TDPM, mas o próprio Transtorno Disfórico Pré-Menstrual pode também iniciar um quadro depressivo e ansioso. Além disso, ele pode aumentar o risco de a mulher desenvolver depressão pós-parto.
Pelo DSM IV, para realizar o diagnóstico do TDPM é necessário que sejam notados pelo menos 5 de 11 sintomas e que um deles, no mínimo, seja considerado de grau maior que 8, em uma escala de 1 a 10.
Antes de pensar em tomar medicação, é importante avaliar outras táticas para tentar melhorar os sintomas, por exemplo:
Não existe um tratamento padrão para o TDPM, mas há opções medicamentosas, que podem diminuir muito o sofrimento e promove melhora na sua qualidade de vida.
Caso tenha mais sintomas físicos do que emocionais, controlar melhor a liberação dos hormônios femininos junto com a ginecologista pode ser uma opção inicial para o controle dos sintomas.
Existem também alimentos que regulam melhor não só a produção do estrógeno mas também da serotonina e, então, conversar com um nutricionista ou nutrólogo também é um caminho para a melhora dos sintomas.
Agora, se o sofrimento maior é devido aos sintomas psíquicos, existem algumas medicações psiquiátricas que podem ajudar no controle dos sintomas.
Como dito anteriormente, o neurotransmissor que é afetado na TPM e também na TDPM é a serotonina. Assim, a regulação da produção da serotonia através de medicações serotoninérgias faz com que controle melhor os sintomas e previna a queda da serotonina ao longo prazo, mesmo retirando a medicação.
Dessa forma, medicamentos da classe dos Inibidores Seletivos da Recaptação da Serotonina (ISRS), aliviam as alterações do humor e sensação de ansiedade, angústia e depressão.
É importante lembrar que esses remédios não viciam e que o tratamento é feito por períodos limitados.
Caso você suspeite que tenha TDPM e esteja difícil de superá-lo sozinha, procure ajuda de um profissional da saúde mental. Os profissionais da Ito Psiquiatria são altamente capacitados para lhe auxiliar a enfrentar esse desafio.
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