Descubra o que é e o que causa Transtorno de Ansiedade Generalizada, quais os sintomas mais comuns, tratamento e como controlar uma crise.
Ansiedade é todo sentimento e sinais que surgem quando uma pessoa está preocupada de forma consciente ou não com alguma situação. É uma emoção normal do ser humano, assim como a tristeza, a raiva ou a felicidade.
Assim, a ansiedade funciona como um sinal de alerta, que surge quando algo está fora do eixo. É como um aviso ao seu cérebro para que você tome alguma conduta.
Entretanto, em alguns momentos, essa sensação pode se tornar mais intensa, mais frequente ou surgir mesmo com pequenos estímulos, gerando pequenas crises emocionais.
Na maioria das vezes, essas crises passam conforme consiga resolver aquela situação que causou a ansiedade, sem necessidade de tratamento.
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O Transtorno de Ansiedade Generalizada é quando o sentimento de ansiedade começa a gerar prejuízo constante na vida da pessoa.
Portanto, considera-se TAG quando há apreensão excessiva com as diversas atividades do dia de forma persistente. Nesse estágio, é comum a ansiedade se iniciar por motivos banais ou mesmo em alguns casos iniciar sem gatilhos conscientes.
No entanto, é injusto dizer que o indivíduo apresentou crise de ansiedade sem motivo relevante. Geralmente para que chegue nessa situação, a pessoa precisou aguentar diversos fatores de estresse, e com o copo cheio, qualquer pequeno estresse pode desencadear uma crise.
O TAG é caracterizado por preocupação excessiva e constante, afetando a qualidade de vida da pessoa. Ou seja, a ansiedade está presente e constante no dia a dia da pessoa com transtorno.
Algumas pessoas podem apresentar momentos com mais sintomas de ansiedade, caracterizando uma crise de ansiedade.
Por outro lado, a crise de pânico é uma crise de ansiedade mais intensa com sintomas físicos, com início geralmente súbito e sem controle.
Os principais sintomas da crise de pânico são os tremores, a sensação de taquicardia e de falta de ar. Além disso, a pessoa pode sentir que está morrendo, com fechamento do seu campo de visão e dor no peito ou angústia.
Para saber mais sobre o Transtorno de Pânico clique aqui.
No geral, ocorre devido ao excesso de preocupações no dia a dia, sem ter espaço ou tempo para extravasar. Como resultado, a pessoa ficará mais sensível a qualquer estímulo aversivo, com respostas mais intensas de ansiedade.
Outro processo ativador é quando um fator estressor muito forte causa uma crise de ansiedade pontual. Porém, a pessoa não consegue se recuperar desse fator traumático e mantém os sintomas por longo período.
Nesse caso, os sintomas da crise de ansiedade, aparecem quando a pessoa se lembra do episódio ou quando é exposta de novo ao fator estressor. Mas, no futuro, a ansiedade passa a surgir mesmo em outras situações não similares ao fator inicial.
Outras causas clínicas como Fobia Social, Transtorno de Estresse Pós-traumático, ou Transtorno Obsessivo compulsivo TOC estão bastante vinculados com o TAG e nesses casos é preciso primeiro tratar esses outros transtornos para ter um melhor controle na ansiedade.
O principal sintoma do TAG, por certo, é a preocupação excessiva e a ruminação de pensamentos. No entanto, na maioria das vezes, os sintomas podem não ser tão claros, o que torna o diagnóstico mais difícil.
No geral, os pacientes queixam-se da dificuldade nas tomadas de decisões e da procrastinação, pois são tantas preocupações que o cérebro não reconhece qual priorizar e devido excesso de pensamentos, acaba ficando exausto e não conseguindo iniciar nenhum trabalho.
Outra queixa comum são as explosões de raiva e irritação. Muitas vezes, os motivos momentâneos são irrelevantes, por exemplo, a caneta cair da mesa.
Isso ocorre pois o recipiente de resiliência já está na sua capacidade máxima. Há excesso de aflição e por isso, qualquer gota a mais, gera uma crise emocional.
O diagnóstico do TAG é, na maioria das vezes, feito após o paciente passar por diversos médicos clínicos em Pronto Socorro com sintoma de falta de ar ou mal estar. Devido a própria ansiedade e preocupação excessiva, a pessoa pode acreditar ter alguma desordem de origem clínica com risco de morte. Não sendo detectada nenhuma anomalia física, o paciente procura o psiquiatra como a próxima opção.
Quando a pessoa vem direto ao consultório psiquiátrico, é importante descartar causas clínicas que possam levar a sintomas de ansiedade, como problemas na tireoide, alterações hormonais, cardíacas ou neurológicas.
O diagnóstico é feito por meio de uma anamnese minuciosa do paciente pelo psiquiatra e poderá ser necessária a convocação de algum familiar para melhor elucidar o quadro.
No geral, os casos leves de TAG são tratados somente com psicoterapia como a terapia cognitivo comportamental.
No entanto, em caso mais grave, com crise de ansiedade ou crise de pânico, faz-se necessário o uso de psicotrópicos para o melhor controle dos sintomas.
Os medicamentos para ansiedade se dividem em duas partes:
1- Ansiolíticos, que controlam os sintomas, mas não tratam o quadro. Tem como objetivo controlar as crises.
2- Antidepressivos, que regulam o nível de serotonina no cérebro e tratam o quadro. Tem como objetivo prevenir as crises, não precisando mais dos ansiolíticos.
Há medicações que não entram no protocolo, mas, na prática, têm grande eficácia. Como exemplos, temos o uso da Buspirona e Pregabalina, que são ansiolíticos não tarja pretas.
No entanto, é importante frisar que só controlar os sintomas e não tratar a origem da ansiedade faz com que os sintomas voltem após o uso de fármacos.
Como dito acima, a ansiedade é uma emoção natural, gerado como sinal de alerta de algum desequilíbrio na sua vida. Assim, o tratamento com o psiquiatra tem a função de encontrar esse ponto patológico para reduzir o sofrimento e na segunda etapa de auxiliar na modificação do comportamento e no jeito de lidar com os problemas para não ter risco de recidiva na hora da retirada das medicações.
1- Sente em local com pouco barulho e pouca luz;
2- Beba um copo d’água devagar;
3- Tente não olhar para várias direções. Fixe a sua visão em um único ponto;
4- Respire devagar e profundo, por mais que sinta falta de ar;
5- Tente se afastar dos fatores de risco que podem piorar a sua crise de ansiedade;
6- Tente prender o ar o máximo que conseguir. Não, você não vai morrer de falta de ar.
Mesmo quando você desmaia por hiperventilação ou queda de pressão, o cérebro tem o mecanismo automático para manter a respiração. O aumento do nível de oxigênio no sangue faz piorar os sintomas físicos de ansiedade. Portanto, pode piorar o medo de estar com algum problema clínico.
6- Em último caso, tome algum calmante natural e confie que a crise irá passar.
Caso você suspeite que tenha TAG e esteja difícil de superá-lo sozinho, procure ajuda de um profissional da saúde mental. Os profissionais da Ito Psiquiatria são altamente capacitados para lhe auxiliar a enfrentar esse desafio.
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