Transtorno Disfórico Pré-Menstrual (TDPM): como lidar?

Você sabe qual é a diferença entre a TPM e o Transtorno Disfórico Pré-Menstrual (TDPM)?

Sem dúvida, toda mulher conhece a experiência da TPM, ou Tensão Pré-Menstrual, que é frequentemente relacionada a oscilações de humor, sensibilidade e desconforto físico durante o período menstrual.

Mas, para algumas mulheres, o que começa como uma TPM pode, rapidamente, se transformar em uma tempestade emocional e física que parece incontrolável. Esse estado extremo é conhecido como Transtorno Disfórico Pré-Menstrual (TDPM).

O TDPM sempre está envolvido em mitos e mal-entendidos, o que pode aumentar ainda mais o fardo das mulheres que precisam conviver com essa condição.

Contudo, nem todo mundo sabe o que é o TDPM de fato, as verdades e as mentiras sobre a condição. Por isso, desenvolvemos esse conteúdo especial para tirar todas essas dúvidas.

Além disso, também queremos fornecer algumas estratégias efetivas para aliviar os sintomas do TDPM, para que essas mulheres possam elevar a sua qualidade de vida e a de quem convive com elas. Então, continue nos acompanhando.

 

O Que é o Transtorno Disfórico Pré-Menstrual (TDPM)?

O Transtorno Disfórico Pré-Menstrual (TDPM) é uma forma mais severa e debilitante da Síndrome Pré-Menstrual (TPM).

Como você já deve saber, a TPM é um conjunto de sintomas físicos e emocionais que muitas mulheres experimentam antes do início do ciclo menstrual, podendo incluir inchaço, sensibilidade nos seios, irritabilidade e até mesmo mudanças de humor.

No entanto, o TDPM se caracteriza por sintomas muito mais intensos, que podem interferir na vida diária das pacientes, afetar as pessoas ao redor e serem incontroláveis.

Mas vamos entender melhor quais são as principais diferenças entre TPM e TDPM a seguir!

 

Diferenças entre Transtorno Disfórico Pré-Menstrual (TDPM) e Tensão Pré-Menstrual (TPM)

Como comentamos, a TPM é uma experiência comum que afeta a grande maioria das mulheres, enquanto o TDPM é uma condição clínica mais grave e rara.

Mas como a TPM e a TDPM se diferenciam? A diferença se concentra, principalmente, nos sintomas de cada uma delas.

Na TPM, a mulher experimenta sintomas comuns, que podem ser muito desconfortáveis, mas que podemos controlar via remédios e anticoncepcionais. Por exemplo: dores de cabeça, sensibilidade nos seios, cólica, inchaço, um pouco mais de irritabilidade e etc.

Em contrapartida, no caso do TDPM, os principais sintomas associados à condição incluem intensa depressão, ansiedade extrema, mudanças acentuadas de humor, raiva incontrolável, fadiga extrema, dificuldade de concentração e sintomas físicos agravados, como dores de cabeça e dor abdominal.

Portanto, o TDPM não é uma condição que as pacientes conseguem controlar com facilidade. Aliás, é um problema que pode até levá-las a ações inconsequentes e perigosas.

Por isso, é essencial ter em mente que o TDPM é uma condição médica real e não “drama” ou “frescura”. Para muitas mulheres, esses sintomas são extremamente debilitantes e afetam muito a qualidade de vida e as suas relações pessoais.

 

Mitos e verdades sobre o Transtorno Disfórico Pré-Menstrual

O Transtorno Disfórico Pré-Menstrual (TDPM) é cheio de mitos que acabam interferindo na percepção da real gravidade dessa condição.

Vamos analisar alguns dos mitos mais comuns associados a essa condição e entender um pouco mais sobre a realidade desse transtorno.

TDPM é apenas TPM agravada
Embora a TPM e o TDPM compartilhem alguns sintomas, elas são duas condições bem distintas. A TPM é uma experiência comum e menos grave, que afeta a maioria das mulheres ao redor do mundo. 

O TDPM, por outro lado, é uma condição clínica séria e mais rara, com sintomas muito intensos, que vai muito além de uma simples TPM agravada. Por isso, é essencial tratá-las como condições diferentes.

O TDPM é apenas \”frescura\” ou fraqueza emocional

O TDPM não tem nenhuma relação com fraqueza emocional ou frescura. Estamos falando de uma condição médica complexa, que envolve alterações hormonais e os neurotransmissores do cérebro. 

Não é possível controlar os sintomas intensos de depressão, ansiedade e irritabilidade simplesmente com a força de vontade da paciente. Por isso, é necessário partir para tratamentos mais intensos e pesados.

O TDPM não tem tratamento

Felizmente, essa afirmação é um mito. O TDPM é um transtorno passível de tratamento e existem várias abordagens que podem ajudar a aliviar os sintomas, como terapia, uso de medicações, modificações no estilo de vida e técnicas de autocuidado.

TDPM é apenas um problema hormonal

De fato, o TDPM pode sofrer influência de flutuações hormonais, mas essa condição pode se desenvolver também por uma combinação bem variada de fatores, incluindo genética, estresse, trauma e problemas de saúde mental. 

Portanto, é essencial adotar uma abordagem holística no tratamento, que aborde tanto os aspectos hormonais, quanto os psicológicos.

 

Estratégias e dicas de alívio para o Transtorno Disfórico Pré-Menstrual

Sabemos que lidar com o TDPM pode ser muito desafiador. Mas a boa notícia é que existem estratégias e práticas de autocuidado que podem ajudar a amenizar os sintomas e a promover o bem-estar para essas mulheres e seus entes próximos.

Portanto, se você recebeu o diagnóstico de TDPM ou conhece alguém que está lidando com essa condição e deseja amenizar os sintomas, aqui estão algumas estratégias de alívio que podem ajudar:

Mantenha um diário de sintomas

Manter um diário dos sintomas ao longo do mês pode ajudar a identificar padrões e gatilhos específicos do TDPM.

Isso permite que as mulheres afetadas estejam mais preparadas para enfrentar os momentos mais difíceis e desafiadores.

Adote uma alimentação saudável

Uma dieta equilibrada, rica em frutas, vegetais, proteínas magras e grãos integrais, pode ajudar a estabilizar os níveis de açúcar no sangue e a reduzir oscilações de humor. 

Evitar o consumo excessivo de açúcares, cafeína e alimentos processados também pode ser muito benéfico para mulheres que sofrem de TDPM.

Pratique exercícios regularmente

A atividade física regular ajuda a liberar endorfinas e neurotransmissores associados à sensação de bem-estar. Isso também auxilia na redução da intensidade dos sintomas.

Aplique técnicas de relaxamento

Aprender técnicas de relaxamento, como meditação, respiração profunda e ioga, pode ajudar a reduzir a ansiedade e a irritabilidade associadas ao TDPM.

Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC)

A TCC é uma abordagem terapêutica eficaz para lidar com o TDPM, pois ajuda as mulheres a identificar pensamentos negativos e padrões de comportamento disfuncionais.

Além disso, também oferece ferramentas para lidar com eles de uma maneira mais saudável e eficaz.

 

Transtorno Disfórico Pré-Menstrual: encontre um profissional de confiança para tratar o problema

Para lidar e superar os sintomas da TDPM, ter um acompanhamento profissional de perto é indispensável. Por isso, busque por profissionais especializados no transtorno que possam te ajudar, como os psiquiatras da Ito Psiquiatria.

Aqui na Ito Psiquiatria, somos especialistas em transtornos e distúrbios, com tratamentos altamente especializados e personalizados para TDPM, bem como para uma diversidade de condições de saúde mental e psicológica.

Portanto, se você precisa de ajuda para receber um diagnóstico ou para tratar o seu TDPM com eficiência, entre em contato e agende a sua visita!

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Picture of Dr. Thomas Katsuo Ito

Dr. Thomas Katsuo Ito

Psiquiatra formado pela USP, colaborador do IPq – HC FMUSP e do consulado Japonês, psiquiatra transcultural referência em atendimento em japonês da Escola Japonesa do Brasil e Hospital Santa Cruz, presidente da Comissão de Ética do Pronto Socorro João Catarin Mezzomo e docente da pós graduação do CEFATEF e da Uni São Paulo.

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Dr. Thomas Katsuo Ito

Psiquiatra formado pela USP, colaborador do IPq – HC FMUSP e do consulado Japonês, psiquiatra transcultural referência em atendimento em japonês da Escola Japonesa do Brasil e Hospital Santa Cruz, presidente da Comissão de Ética do Pronto Socorro João Catarin Mezzomo e docente da pós graduação do CEFATEF e da Uni São Paulo.