Transtorno obsessivo compulsivo (TOC) e relações interpessoais

O Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) é uma condição psicológica capaz de afetar profundamente a vida de milhões de pessoas, independente do seu gênero ou idade.

Estamos falando de um transtorno caracterizado, principalmente, pela presença de pensamentos obsessivos e comportamentos compulsivos.

Muitas vezes, eles podem parecer ininteligíveis ou irracionais para quem não está familiarizado com a sua complexidade.

O grande ponto é que o TOC não é apenas uma condição que afeta apenas a mente de quem a possui.

Ela também tem um impacto direto e muito forte nas relações pessoais. Afinal, afeta toda a dinâmica familiar, os relacionamentos amorosos, as amizades e o ambiente de trabalho.

Por isso, compreender as complexidades do TOC e o seu impacto nas relações interpessoais, é fundamental para conseguir promover a aceitação, o apoio e o amor a esses pacientes. E é exatamente sobre isso que falaremos nas próximas linhas.

Nos acompanhe por esse conteúdo para conhecer melhor o TOC, entender como as relações pessoais podem ser afetadas e conferir as melhores dicas para quem vive e convive com um paciente que sofre desse transtorno. Vamos lá!

 

Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC): o que é? 

O Transtorno Obsessivo Compulsivo, que mais conhecemos como TOC, é uma condição mental que se caracteriza por obsessões, ou seja, pensamentos intrusivos, indesejados e persistentes que invadem a mente da pessoa.

Essas obsessões costumam causar muita ansiedade e perturbação nos pacientes. Então, para aliviar a ansiedade, os indivíduos com TOC acabam recorrendo a comportamentos compulsivos, também conhecidos como rituais.

Os rituais são ações repetitivas realizadas para tentar neutralizar ou reduzir a ansiedade que está associada às obsessões. 

Por exemplo, alguns pacientes podem ser atormentados por pensamentos de contaminação e, com isso, desenvolvem o ritual de lavar as mãos repetidamente.

Um ponto muito importante sobre o TOC é que ele é altamente individualizado. Portanto, ele pode se manifestar de maneiras aparentemente ilógicas, que podem ser confusas e assustadoras para todos que estão ao redor.

Porém, é muito importante ter em mente que o TOC vai muito além de ser apenas um conjunto de sintomas.

Para quem sofre de TOC, ele é uma luta diária que pode consumir muito tempo e energia, afetando o desempenho no trabalho, na escola e, principalmente, nas relações pessoais.

A compreensão dessas obsessões e compulsões relacionadas ao TOC, é fundamental para perceber o impacto que a condição pode ter nos relacionamentos interpessoais. 

Além disso, também ajuda a construir uma base mais sólida para oferecer apoio e empatia aos seus amigos e familiares que enfrentam esse desafio diariamente.

 

Impactos do Transtorno Obsessivo Compulsivo nas relações interpessoais

Como comentamos, o TOC é uma condição que transcende o indivíduo e influencia direta e fortemente todas as suas relações pessoais, indo desde familiares que moram na mesma casa, até pessoas importantes dentro do ambiente de trabalho.

Pessoas com TOC podem, muitas vezes, parecer distantes, irritadas ou ausentes por conta da ansiedade causada pelas obsessões.

Consequentemente, quem não conhece a condição pode entender a situação da forma errada e ver o comportamento do paciente como uma falta de interesse nas relações. Mas, na verdade, é apenas uma manifestação da luta interna.

Além disso, os rituais compulsivos podem ocupar um bom tempo do paciente no dia a dia, o que também acaba impactando na disponibilidade para atividades sociais e para os vínculos de relacionamentos.

Mas como seria a forma mais adequada de lidar com uma pessoa que tem TOC?

Lidar com quem tem TOC pode ser um grande desafio. Mas a comunicação é a parte mais importante para conseguir manter os relacionamentos saudáveis.

Assim, ao lidar com uma pessoa que tem TOC, é importante adotar uma abordagem empática e compreensiva com relação à sua realidade.

Você pode fazer ouvindo atentamente a pessoa, evitando palavras ou comportamento de julgamento e fazendo perguntas abertas para entender os pensamentos e as preocupações da pessoa com TOC.

É essencial criar um espaço seguro, onde a pessoa se sinta à vontade para compartilhar as suas experiências e pensamentos, sabendo que não será julgada. 

Além de promover a confiança e a abertura nas relações, também te ajudará a entender melhor como é a realidade dessa pessoa e como ela provavelmente vai se comportar.

 

Fortalecendo as relações pessoais: como ajudar pessoas com Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC)?

Embora lidar com o TOC seja um grande desafio, as relações pessoais possuem um papel vital no apoio para o indivíduo durante toda a sua jornada ao enfrentar o transtorno.

Por isso, conseguir fortalecer as relações é muito importante e vai ajudar o seu familiar ou amigo a passar por esse momento de uma maneira mais tranquila, sabendo que, ainda assim, é uma pessoa amada e compreendida.

Participar de terapias familiares ou de casal, por exemplo, pode ser uma estratégia bastante eficaz para aprender a lidar com os desafios do TOC em conjunto.

Manter uma rede de apoio próxima, composta por amigos e pessoas queridas, também pode ajudar a reduzir o peso que uma única pessoa sente ao apoiar alguém com TOC. Bem como ainda promove uma qualidade de vida melhor para o paciente.

Além disso, existem algumas dicas para amigos e familiares que querem fortalecer o relacionamento e ajudar uma pessoa com TOC a retomar o controle da sua vida.

Ao colocá-las em prática, você se sentirá muito mais encorajado e apoiado. Além disso, saberá exatamente como lidar com o paciente para que ele e você possam conviver bem e em harmonia.

Confira algumas das melhores e mais eficazes dicas para ajudar amigos e familiares com TOC:

Busque apoio profissional

Uma das maneiras mais importantes que familiares e amigos podem apoiar alguém com TOC é incentivando a busca de ajuda profissional.

Terapeutas especializados em saúde mental, como os profissionais da Ito Psiquiatria, são essenciais para desenvolver e promover um bom tratamento do TOC.

Por isso, encoraje a pessoa com TOC a procurar a ajuda de um profissional qualificado para uma avaliação e tratamento adequado.

Se disponibilize para acompanhá-la nesse momento, pois isso pode fazer uma grande diferença nos resultados.

Procure se informar e conhecer mais sobre o TOC

Ter mais conhecimento sobre o TOC é fundamental para conseguir fornecer apoio de uma forma eficaz. 

Quanto mais você entender a natureza do transtorno, as suas causas e os sintomas associados, mais capacidade você terá para apoiar a pessoa com TOC diariamente.

Ofereça apoio emocional

Às vezes, o apoio emocional é tão importante quanto o tratamento de TOC. 

Por isso, ouça atentamente a pessoa com TOC, ofereça o seu apoio e esteja lá para ela em momentos de dificuldade.

Cuide da sua saúde mental e psicológica 

Apoiar e conviver com uma pessoa com TOC não é uma tarefa fácil e pode ser bastante desgastante no dia a dia. 

Nesse cenário, é indispensável que você também busque cuidar da sua própria saúde mental e psicológica, recebendo o apoio necessário para continuar nessa jornada de amor e cuidado.

 

Conhece alguém com Transtorno Obsessivo Compulsivo que precisa de ajuda? Agende a sua consulta!

Na Ito Psiquiatria, somos especialistas em tratamentos psiquiátricos de diversas condições, incluindo o TOC. Oferecemos apoio para os pacientes, familiares e amigos ao longo de toda a trajetória.

Ter um profissional experiente ao seu lado nesses momentos é indispensável para progredir e alcançar bons resultados. Por isso, te convidamos a conhecer um pouco mais sobre a Ito Psiquiatria e agendar uma consulta!

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Picture of Dr. Thomas Katsuo Ito

Dr. Thomas Katsuo Ito

Psiquiatra formado pela USP, colaborador do IPq – HC FMUSP e do consulado Japonês, psiquiatra transcultural referência em atendimento em japonês da Escola Japonesa do Brasil e Hospital Santa Cruz, presidente da Comissão de Ética do Pronto Socorro João Catarin Mezzomo e docente da pós graduação do CEFATEF e da Uni São Paulo.

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Dr. Thomas Katsuo Ito

Psiquiatra formado pela USP, colaborador do IPq – HC FMUSP e do consulado Japonês, psiquiatra transcultural referência em atendimento em japonês da Escola Japonesa do Brasil e Hospital Santa Cruz, presidente da Comissão de Ética do Pronto Socorro João Catarin Mezzomo e docente da pós graduação do CEFATEF e da Uni São Paulo.