O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade, também conhecido como TDAH, é um transtorno neurobiológico, que aparece na infância em crianças e adolescentes antes dos 12 anos de idade, prejudicando bastante no desempenho escolar e social do modelo atual de exigência.
Ainda que tratado, os sintomas acompanham o indivíduo por toda a vida. Quando não bem diagnosticado, informado e orientado pode causar grandes prejuízos na sua qualidade de vida, bem como na sua evolução pessoal e profissional.
Pacientes que apresentam esse funcionamento têm um risco muito maior de terem outros quadros neuropsiquiátricos, principalmente por tentar se adequar as normas exigidas pela sociedade como padrão de comportamento.
Com essa frustração pode, por exemplo, desenvolver Ansiedade, Depressão e Dependência de álcool e outras drogas.
O TDAH tem como principais sintomas: Desatenção, Hiperatividade e Impulsividade.
Em geral, as pessoas com TDAH são mais inteligentes do que a média, muito criativas e intuitivas, mas sentem que não atingem todo seu potencial quando é exigido a concentração e a execução de tarefa.
É comum a pessoa precisar fazer grande esforço para assistir uma palestra ou ler um livro, sem que sua cabeça “voe” num turbilhão de pensamentos. Da mesma forma, com a impulsividade iniciam várias ações ao mesmo tempo, porém, não conseguem prestar atenção e ficam com vários projetos e tarefas por terminar. Então, culpam-se e preocupam-se com muitos pensamentos do tipo “tenho que fazer”.
Além disso, costumam ter abundância de ideias, realizando conexões não tão ortodoxas, podendo ser interpretadas como desorganizadas. Isso pode na prática refletir nas suas coisas pessoais do dia a dia como mesa, gavetas, papéis, prazos e horários.
Devido ao aspecto mais avoado e impulsivo, muitas vezes, faz com que as pessoas com TDAH sejam taxados, ao longo de suas vidas, como preguiçosos, desleixados, incompetentes e mal-educados, prejudicando na sua saúde mental.
Assim, esse histórico pessoal e a auto-cobrança elevada que essas pessoas têm, podem levar a prejuízos muito grandes na sua autoestima e nos seus relacionamentos.
Importante ressaltar que os sintomas de TDAH não iniciam na fase adulta. Caso tenha percebido os sintomas na fase adulta, ou pode ter traços de TDAH, mas não o TDAH grave. Nesse caso, os sintomas, que estavam compensados com técnicas de organização adquiridas ao longo do tempo, descompensaram devido o aumento da carga funcional, ou devido outros fatores que estão causando o prejuízo cognitivo.
Podemos citar por exemplo a ansiedade, depressão, problemas neurológicos e a falta de vitaminas como outros fatores que podem prejudicar a concentração e causar o déficit de atenção.
Vale ressaltar que ter Déficit de Atenção não significa ter o Transtorno de Déficit de Atenção, podendo em alguns casos as medicações para o tratamento do TDAH, que são medicamentos estimulantes, piorar o déficit de atenção caso não tenha esse diagnóstico.
As pessoas com TDAH, subtipo desatento, tendem a:
No subtipo Hiperativo/Impulsivo, são características comuns:
O diagnóstico do TDAH é clínico e feito por meio de anamnese detalhada do paciente pelo psiquiatra. Desse modo, avalia-se o modo de agir desde a infância, além de coletar informações de familiares, sempre que possível.
Poderá ser aplicado testes simples, como o para déficit de atenção e para hiperatividade ou um teste neuropsicológico para iniciar o rastreio.
É essencial ressaltar que os testes e as escalas auxiliam na coleta de dados, mas não é possível realizar diagnóstico baseado apenas nesses resultados.
A avaliação neuropsicológica, no entanto, difere dos testes e escalas aplicadas na psiquiatria e pode, não só auxiliar no diagnóstico, mas também na compreensão mais completa do quadro cognitivo podendo elucidar outras dificuldades.
O objetivo da anamnese é, além de realizar o diagnóstico, determinar o subtipo, a gravidade e o impacto do quadro, bem como traçar a melhor e mais eficaz estratégia para cuidar de cada caso.
É preciso também, nesse momento, investigar as outras causas de Déficit de Atenção como, por exemplo, Ansiedade, Exaustão Mental, Depressão ou mesmo problemas clínicos e neurológicos.
Assim, em alguns casos, faz-se necessário a coleta de exames laboratoriais e de imagem, além de apoio em conjunto com outras especialidades.
O tratamento para o TDAH se divide em duas partes:
As medicações à base de metilfenidato controlam bastante os sintomas de desatenção e hiperatividade, mas não curam a raiz do problema.
IMPORTANTE:
A medicação para o TDAH não trata o TDAH, ela somente remedia momentaneamente e quando pára de tomar a medicação, os sintomas retornam.
INTERESSANTE:
A medicação para o TDAH tira do paciente toda criatividade e a intuição, e reduz justamente o raciocínio caótico onde se consegue fazer conexões de ideias que linearmente não se faz. Reduz também o impulso em fazer várias coisas ao mesmo tempo. Você vira um ótimo robô trabalhando ou estudando na frente do computador.
Para o vestibular convencional e para o trabalho convencional que exija concentração e desempenho, pessoas com TDAH podem precisar da medicação para poder se adequar a essa necessidade.
No entanto, se encontrar um ambiente onde possa ser valorizado justamente pelas características do TDAH, você não irá precisar da medicação e talvez possa ser mais feliz com você mesmo.
Terapia Comportamental auxilia no controle do impulso, no controle dos pensamentos desorganizados além de criar junto com o paciente instrumentos para lidar com o TDAH. Outro objetivo da psicoterapia é tratar as consequencias do TDAH como baixo autoestima, ansiedade e depressão.
As sessões de Neurofeedback são realizadas pelo neuropsicologos com objetivo de reeducar o cérebro a controlar a falta de foco. Essa tecnica tem mostrado melhora de 20-30% dos sintomas do TDAH, o que é bastante significativo, podendo reduzir drasticamente a dose e a necessidade da tomada de medicações.
Essa é uma medicação diferente de todas as classes de medicações que estavam disponíveis até o momento. Ela sai da classe estimulante, ou seja, tira o fator de dar falso ânimo ou falsa sensação de bem estar, e controla somente a questão da concentração.
Vai ser um divisor de água de quem toma estimulante sem ter o TDAH e faz uso só pelo efeito estimulante, quase como cocaína medicamentosa, de pacientes que realmente têm o TDAH e precisa de tratamento para melhorar a concentração.
Quando se tem um TDAH clássico com alto nível de Deficit de Atenção se faz necessário o tratamento medicamentoso devido as exigências básicas no estudo e no mercado de trabalho. No entanto, geralmente esses casos dificilmente passam desapercebidos na infância, e o tratamento já se inicia desde cedo.
A maior parte dos diagnósticos de TDAH em adulto são de pacientes com traços de TDAH, ou quem tem grau leve de TDAH. Nesses casos, é preciso determinar a real necessidade de tomar uma medicação tarja preta para controlar o deficit de atenção. Se conseguiu chegar até a fase adulta sem tomar a medicação, obviamente com muito mais esforço do que quem não tem TDAH, talvez você já tenha criado mecanismos para compensar ou para minimizar essa falta de atenção e não precise hoje tomar a medicação.
Assim, talvez realizar terapia com psicólogo ou neurofeedback com neuropsicologo para aprender a controlar os impulsos sejam mais eficaz e menos danoso ao organismo do que tomar a medicação.
As Dicas para Pais de Crianças com TDAH e as Dicas para Adultos com TDAH foram inspirados no www.tdha.org.br (Associação Brasileira do Déficit de Atenção)
Caso você suspeite que tenha sinais de TDAH e esteja difícil de superá-lo sozinho, procure ajuda de um profissional da saúde mental. Os profissionais da Ito Psiquiatria são altamente capacitados para lhe auxiliar a enfrentar esse desafio.
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