Em um mundo que exige cada vez mais foco e atenção, compreender as nuances do TDAH em crianças e adultos, é fundamental para saber como conviver com essa condição da melhor forma.
No post de hoje, queremos oferecer insights e conselhos práticos para todos os que buscam ter uma maior compreensão e apoio na hora de enfrentar esse diagnóstico, indo desde o processo de identificação, até as estratégias cotidianas que podem ser adotadas para minimizar os impactos do TDAH.
Afinal, sabemos o quanto ter um conhecimento profundo do assunto é essencial para ter tratamentos mais eficazes.
Então, se esse é o seu caso, acompanhe o conteúdo para desvendar todos os detalhes sobre essa condição.
O que é TDAH?
O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) se caracteriza por déficits de atenção, impulsividade e hiperatividade em alguns casos.
Na infância, os sinais do TDAH podem se manifestar de maneiras diversas:
- A criança que parece constantemente perdida em seus próprios pensamentos;
- O estudante que não consegue se concentrar nas aulas nem no estudo em casa e parece que a sua mente está sempre vagueando em sala de aula,
- Ou aquele que é incapaz de conter a energia excessiva mesmo durante a prática de atividades cotidianas simples, se tornando uma criança inquieta na sala de aula,
- São crianças muitas vezes taxadas de mal educado por não conseguir ficar quieto, preguiçoso por não conseguir fazer as tarefas e burros por mesmo estudando irem mal nas provas.
Todos esses casos podem ser indícios do TDAH. Contudo, é importante ter em mente que a manifestação do transtorno pode variar bastante de um paciente para outro.
Além dos desafios enfrentados na infância, o TDAH também pode deixar a sua marca na vida adulta.
- Dificuldades de concentração no trabalho;
- Impulsividade nas relações pessoais,
- E uma constante luta para conseguir manter o mínimo de organização podem ser aspectos comuns desta condição na fase adulta.
Diferenças entre TDAH em crianças e adultos
O TDAH na infância é muito mais difícil de diagnosticar pois depende de relatos e boa avaliação e análise de professores da escola. A criança em si não tem crítica nem noção de que tem esses sintomas, podendo somente se sentir diferente e incapaz em comparação a outras colegas.
Em muitos casos, a criança precisa repetir diversas vezes, ou os pais precisam ser chamados diversas vezes a escola devido inadequação dentro da sala de aula para começarem a procurar alguma ajuda profissional.
E mesmo com a ajuda de profissionais, caso estes não tenham expertise no TDAH, o diagnóstico pode passar batido, gerando mais frustração para a criança por não conseguir se concentrar ou estudar.
Se os casos mais graves já são difíceis de diagnosticar, imagine agora os casos mais leves. E são esses casos que chegam na fase adulta sem tratamento, e ao deparar com o mercado de trabalho bem mais exigente do que a escola, passam a notar essa dificuldade.
Pode na fase adulta ter casos graves não tratados e, no entanto, muitas vezes esses pacientes acabaram se adaptando a trabalhos mais práticos, fugindo de ambientes que exigem concentração. Assim, eles podem não notar grandes perdas na vida já adaptada a essa dificuldade.
Nos casos mais leves, no entanto, com esforço muito maior do que as pessoas sem o TDAH, esses indivíduos conseguiram conquistar muitas coisas mesmo em ambiente onde se exige uma concentração cognitiva.
Mas, em algum momento, ou se comparando com outros colegas que conseguem realizar o mesmo trabalho em menos tempo, ou se deparando com uma necessidade absurda de concentração, passam a notar essa dificuldade de concentração. E é nesse momento que passam a procurar o motivo por esse déficit.
Existe uma outra diferença na fase adulta para a fase infanto juvenil que são as comorbidades. Nas crianças é mais raro observar quadro de ansiedade generalizada, depressão, bipolaridade e outros transtornos neurológicos que também podem afetar a concentração, confundindo o diagnóstico.
Dicas para lidar com o TDAH
O desafio do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é muito mais complexo do que se imagina.
Mas a jornada de enfrentamento pode ser mais fácil com o apoio adequado, principalmente quando esse apoio vem do núcleo familiar, se aprimorando com a aplicação de estratégias cotidianas.
Afinal, sabemos que lidar com o TDAH não é uma tarefa fácil para o paciente e muito menos para os seus familiares.
Por isso, separamos aqui as melhores dicas para lidar com portadores do transtorno e para ter uma qualidade de vida melhor convivendo com a condição:
TDAH na Infância (dicas mais para os pais)
- Procurar ajuda profissional
- Não relutar em administrar medicações controladas caso sejam necessárias
- Tente diferenciar o que é sintoma e o que é má educação, para não chamar atenção indevidamente quando é sintoma, e orientar corretamente quando é falta de educação
- Não relute em trocar de escola caso ela não seja preparada para alunos com TDAH
- Crie um ambiente com pouco estímulo para que possam concentrar no estudo
- Tenha paciência. Muita paciência. De preferência, faça terapia.
TDAH no Adulto
- Procure ajuda profissional
- Tente procurar se inserir em ambiente profissional e pessoal onde não se exija tanta concentração. Trabalhos mais práticos são mais fáceis de se adaptar
- Utilize a facilidade de vincular diversas ideias aleatórias e a alta capacidade intelectual que pessoas com TDAH muitas vezes possuem ao seu favor
- Automatize tudo da sua vida. Receber e-mail de boleto por exemplo se torna um grande risco para esquecer dos e-mails profissionais e passar o dia pensando em pagamentos. Automatizar e colocar em debito automático tudo o que é possível por exemplo irá diminuir esse risco
- Tomar medicação para TDAH deixa você racional, robotizado, mas sem raciocínio instintivo e criativo
- Quanto menos medicação tomar, melhor
Os profissionais da Ito Psiquiatria especializados em TDAH em adolescentes e adultos, podem ajudar a montar estratégias mais personalizadas e eficientes de gestão da condição, ajudando tanto os pacientes como os familiares a conviverem diariamente com ela.
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